sexta-feira, 17 de janeiro de 2014

Rolezinho e a segregação racial

Leonardo Sampaio

O racismo no Brasil começa a tomar novas proporções no rumo da segregação e apartheid como estamos vendo em São Paulo com o tratamento dado aos jovens negros que buscam usar os espaços que foram criados para entretenimento e consumo da classe média branca, que são os shoppings.
Como podemos observar nesses últimos meses a classe empresarial, a justiça e o estado em São Paulo entendem que precisam afastar os "rolezinhos" dos shoppings para não "sujar" o ambiente com a pele negra como aconteceu com a visita de jovens negros ao shopping Iguatemi e outros em São Paulo, mesmo sendo um movimento apenas de ostentação, de consumo pelo chamado do sistema capitalista, mas aí vários jovens foram presos e estão com processos na justiça. São jovens negros que eles mesmos declararam na imprensa, "só queriam comprar produtos de marca, como um direito deles e nada mais". Eles são pessoas que trabalham ganham dinheiro e querem gastar em ambientes diferentes, agradáveis e bonitos. São as pessoas da nova classe média, ou pobre que passaram a ganhar seu dinheirinho depois que o Lula e a Dilma permitiram chegarem a outro patamar de vida. No entanto para a classe média branca e racista, negro fazer uso de seus ambientes e produtos de consumo vai desqualificar. Isso caracteriza segregação racial.

Nos Estados Unidos existe tipo de ocupações de shopping já existe desde 2010 com as mesmas características do Brasil e os mesmos tratamentos. A estratégia lá¡ foi silenciar, pra o mundo não saber.

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